O poder do humor: quando o riso se tornou uma das principais ferramentas de diálogo, conexão e cultura
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Como criadores periféricos transformam vivências em piadas que aproximam públicos, desafiam preconceitos e mostram que a comédia é força criativa e política dentro da Creator Economy
No painel O poder do humor, Felipe Kot, Jhonatan Marques e Marcos Oli mostraram que o riso é muito mais do que entretenimento: é ferramenta de sobrevivência, identidade e transformação social. Suas trajetórias revelam que, para quem cresce em quebradas, o humor nasce como autodefesa e evolui para linguagem de resistência e criação de mercado.
Do riso como defesa ao palco profissional
Os três contaram que o humor surgiu como estratégia para lidar com violência, exclusão e situações cotidianas — uma adaptação que, com o tempo, virou carreira. A jornada de cada um do improviso ao stand up e ao conteúdo digital mostra como o talento se profissionaliza quando acompanhado de técnica e repertório.
Autenticidade e cotidiano como matéria-prima
O material cômico vem do cotidiano: transporte público, trabalhos informais, família e religião. Essa origem confere densidade às piadas e cria identificação imediata com plateias diversas. Eles destacaram a necessidade de adequar a piada ao formato — do short ao palco — sem perder a voz original.
Humor consciente e limites éticos
Debateram também responsabilidade: rir não pode ser sinônimo de reproduzir violência simbólica. Revisões, escuta de amigos e atualização constante de referências são práticas citadas para evitar ofensas e manter a comédia relevante e responsável.
Impacto e legado
O painel deixou claro que o humor periférico é cultural e econômico. Ao transformar vivências em conteúdo, esses criadores ampliam representatividade, abrem espaço para novos talentos e mostram que a comédia, quando feita com origem e responsabilidade, conecta, provoca e permanece.




