O mercado da beleza precisa olhar para as favelas. Não como tendência, mas como potência

A favela não é tendência. É potência.
Num dos painéis mais impactantes do Influent Summit 2025, o palco Digital Favela se transformou em espaço de afirmação, estratégia e futuro. Ana Paula Xogani, Thaís Batista, Janine Ribeiro e Luana Maia, todas criadoras negras protagonizaram uma conversa sobre o que a indústria da beleza ainda não entendeu: o Brasil real não precisa de inclusão.
Ele precisa de escuta.Durante décadas, o mercado negou tons, texturas e estéticas que não se enquadravam no padrão eurocêntrico. Mas enquanto muitas marcas ainda tentam se adaptar, essas mulheres já criam seus próprios produtos, narrativas e modelos de consumo — a partir da favela, com impacto nacional.
Thaís, fundadora da marca Preta Porter, foi direta:
“O meu rótulo é de oncinha porque é isso que minhas manas gostam. Eu não estou fazendo pra você.”
Mais do que estética, o painel trouxe um discurso de transformação profunda:
• Customização como futuro da beleza — não há mais espaço para fórmulas genéricas.
• Representatividade vivida — influência que começa na família e reverbera na indústria.
• Luxo ressignificado — o que é “brega” para uns, é identidade para outros.
• Conteúdo como altar — criar para se referenciar, honrar a ancestralidade e abrir caminho.
Ana Paula Xogani resumiu com força:
“A gente transformou a dor em discurso. E o discurso em estratégia.”
A mensagem é clara: não se trata apenas de produtos ou campanhas, mas de justiça histórica e visão de futuro. O mercado que ainda vê a favela como “consumidora emergente” está atrasado. As verdadeiras líderes desse movimento estão criando, vendendo, influenciando e ocupando espaço — com ou sem aprovação institucional.
🖤 Quer ver o painel completo?
Assista agora no YouTube e entenda por que o futuro da beleza é preto, periférico e plural.