Como a inclusão genuína e a naturalização da diversidade fortalecem a identidade das marcas, geram impacto social e impulsionam resultados na Creator Economy

No painel Narrativas Inclusivas, criadores e executivos mostraram que diversidade não é pauta pontual, mas um compromisso que atravessa toda a estratégia de marca. O debate reforçou que a representatividade precisa evoluir da cota simbólica para a naturalização: quando diferentes identidades fazem parte do dia a dia da comunicação sem depender de datas ou tendências.

Diversidade como propósito transversal
Para os criadores, falar de diversidade não é um esforço adicional, mas um reflexo de quem são. Essa visão vai além de raça, abrangendo gênero, pessoas com deficiência, territorialidades e vivências que fogem ao padrão. O conteúdo torna-se inclusivo de forma orgânica, mostrando que a mudança real começa na essência de quem comunica.

Naturalização como próximo passo
O debate destacou três momentos da evolução da diversidade nas marcas: o início pela representatividade, seguido da proporcionalidade — que espelha a demografia brasileira — e, agora, o desafio da naturalização. Isso significa que uma pessoa preta, indígena ou com deficiência possa falar sobre qualquer tema, de finanças a entretenimento, não apenas sobre sua identidade.

Negócio e impacto social caminham juntos
Casos como o da Pague Menos, que mantém diversidade como valor central em suas 1.700 lojas e em um squad de 100 creators, comprovam que inclusão consistente fortalece resultados e reputação. A marca integra a diversidade em todas as campanhas, forma criadores para cocriar conteúdo e sustenta sua postura mesmo diante de críticas, entendendo que crescimento real exige coragem.

Co-criação e escuta ativa
Outro ponto-chave é incluir criadores desde o briefing, permitindo que tragam seus olhares e alertem para riscos. Marcas como Dove se destacam por ouvir e adaptar campanhas, evitando práticas superficiais e construindo vínculos de longo prazo com seus públicos.

Ao assumir a diversidade como valor permanente, as marcas não apenas respondem a demandas sociais: elas inovam, formam comunidades fiéis e se consolidam como protagonistas na Creator Economy.