Dani Russo revela sua jornada do quarto de gravações ao estrelato, os desafios da saúde mental e o novo momento como artista independente, mostrando como autenticidade e reinvenção sustentam sua influência na Creator Economy

No palco do Influent Summit, a funkeira Dani Russo participou de uma gravação ao vivo do programa “Em Off”, em uma conversa que foi muito além da música. Nascida na Brasilândia, ela relembrou a adolescência tímida que a levou a fazer vídeos no quarto e, aos poucos, conquistar 11 milhões de inscritos no YouTube. A transição da enfermagem para o funk começou com um simples vídeo de playlist, que viralizou a ponto de fãs aparecerem no seu estágio em um hospital. “Percebi que era hora de largar e focar na internet”, contou.

Da KondZilla à independência
Dani reconhece a importância da KondZilla para sua projeção, mas saiu da produtora para ter mais controle sobre carreira e finanças. Sem entrar em detalhes contratuais, relatou que, mesmo com músicas de sucesso, não via retorno proporcional. Hoje, como artista independente, enxerga mais liberdade para lançar faixas e gerir sua própria monetização, que também inclui shows, YouTube e negócios paralelos, como uma loja de iPhones em São Paulo.

Autenticidade e saúde mental
Conhecida por falar o que pensa, Dani revelou que precisou criar filtros ao perceber o impacto de suas palavras na era das redes sociais. Ela enfrentou um período de crise de ansiedade que resultou em internação e uso medicinal de cannabis, mas admite que o consumo ultrapassou a prescrição. “Nenhum vício faz bem. Minha meta é parar”, disse, reforçando a importância do autocuidado para manter a criatividade e a carreira de pé.

Influência feminina no funk
Num gênero marcado pela objetificação, Dani construiu uma imagem própria, sem se prender a estereótipos. “Sempre fui do povão, mas segui meu propósito”, afirmou. Ela acredita que sucesso vem de quem age, não só de quem sonha: “Às vezes, quem está no topo nem é o melhor, é quem faz”.

Próximos passos
Com 27 anos, Dani prepara novos lançamentos, como a sequência do hit Não Complicadores, e segue usando sua história para inspirar. Para ela, influência verdadeira é transformar energia e propósito em música, negócios e inspiração — muito além das polêmicas que marcaram o início de sua carreira.

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