Faíscas criativas em tempos de algoritmo

Influência, cinema e cultura: como contar histórias que atravessam o tempo
O palco do Influent Summit 2025 se transformou em uma verdadeira sala de cinema quando Daniel Rezende e Esmir Filho — dois dos mais importantes cineastas da nova geração — subiram para falar sobre o poder das narrativas e a influência cultural do audiovisual em um mundo dominado por algoritmos.
Mas o papo não ficou em estética ou técnica. O centro da conversa foi:
Como contar histórias que toquem, que durem e que façam sentido na avalanche de conteúdos de hoje?
A arte de montar significados
Daniel Rezende, montador de Cidade de Deus e diretor de sucessos como Turma da Mônica – Laços, falou sobre o poder de escolher o que fica e o que sai de uma história. “Montar é escrever com imagens. É decidir qual verdade você quer mostrar.”
Esmir complementou com uma visão potente sobre estética LGBTQIAPN+, infância e construção de personagens:
“A gente não precisa gritar para ser visto. Mas a gente precisa ser sincero para ser sentido.”
Criar não é só entreter. É marcar cultura.
O painel deixou claro: influência cultural não é medida só por likes ou views, mas por permanência.
• Por transformar a forma como as pessoas se enxergam.
• Por trazer temas sensíveis com coragem narrativa.
• Por sair do entretenimento vazio e entrar na memória afetiva.
Rezende e Esmir também falaram sobre liberdade criativa em ambientes de pressão e como lidar com críticas:
“A gente é treinado para buscar aprovação. Mas o que conecta mesmo é vulnerabilidade.”
— Daniel Rezende
A estética também é uma escolha política
Ao final, ambos refletiram sobre o papel dos criadores visuais em tempos de excesso de estímulos. Criar com propósito, com voz própria e com intenção é mais necessário do que nunca.
“O público não quer perfeição. Quer verdade. E quer ver sua vida refletida na tela.”
— Esmir Filho